Pandemia e Saúde Coletiva
O contexto histórico brasileiro tem em sua génesis a marca da destruição do ecossistema, desde a colonização e, de forma atemporal, perpassa até o cotidiano, visto que, esse processo ainda é marcado pela devastação desenfreada do ambiente natural, o que tem impactado, de forma negativa, no processo saúde-doença de várias espécies e grupos sociais.   Os impactos desse colapso ambiental, climático e social puderam ser vivenciados com mais intensidade nos últimos anos com a chegada do SARS-CoV-2 e, consequentemente, o surto pandêmico da COVID-19, uma doença infecciosa causada pelo agente etiológico supracitado, gerando caos nas interfaces da sociedade e, ainda, repercussões econômicas, com altos gargalos financeiros na saúde pública e lacunas que geraram o aumento do desemprego que, sua vez, ratificou a desigualdade social e cultural do país.   Como estratégia para o enfrentamento das problemáticas em questão, visitando diminuir a propagação do vírus, uns dos primeiros parâmetros táticos foi o isolamento social, seguido da ampliação de um olhar de prevenção que traz à baila reflexões sobre a Teoria Ambientalista de Florence Nightingale que, em 1854, durante a Guerra da Criméia, em sua prática assistencial. Sua teoria tinha como foco o meio ambiente, relatando que todas as condições do meio podem influenciar o processo de saúde-doença.   Diante do exposto, ressalta que Florence percebeu que o desfecho clínico dos pacientes era diretamente influenciado pelo ambiente em que os cuidados eram prestados. Dessa forma, a higiene e os aspectos sanitários do local constituem-se em elementos determinantes para as condições de saúde das pessoas assistidas.   Nesse sentido, frente à uma nova guerra estabelecida com a chegada do vírus, várias interfaces da teoria foram ratificadas, como: a higiene das mãos, importância da ventilação a ainda, a não permanência em ambiente de aglomeração, tudo isso resultado do investimento em estudos científicos que, corroboraram para construção de soluções que pudessem diminuir, de forma significativa, o número de morbidade e morbimortalidade, ressaltando a relevância de um passado científico que, mesmo hoje, traz verdades que contribuem para a saúde.   PhD Student Wanderson Alves Ribeiro. Universidade Federal Fluminense. Rio de Janeiro, Brasil. Editor Adjunto